A SOP pode começar antes do que você imagina

Atualmente é crescente o número de estudos científicos que sugerem que a síndrome dos ovários policísticos (SOP) AFETA TODA A VIDA DA MULHER.
A SOP pode começar ainda no ÚTERO (durante a gravidez), em mulheres geneticamente predispostas, vindo a manifestar-se na puberdade e continuar durante a vida reprodutiva.
Daí a grande importância de uma alimentação e estilo de vida saudáveis, além de controles endócrino e metabólico antes e durante a gravidez.
A SOP aumenta o risco da mulher desenvolver doença cardiovascular, hipertensão, diabetes e outras complicações metabólicas, principalmente depois da menopausa.
Durante o período fértil da vida da mulher, a SOP poderá causar infertilidade.
Na gravidez, a mulher com SOP tem risco aumentado para complicações como:
🔴 Abortamentos  🔴 Diabetes gestacional  🔴 Pré-eclâmpsia (doença hipertensiva específica da gravidez)
Como se vê, quanto mais cedo se diagnosticar a SOP e iniciar um acompanhamento adequado, maior será a possibilidade de reduzir cada um destes riscos.

Os anticoncepcionais orais podem até regularizar a menstruação e “limpar a pele”, pois promovem o roubo da testosterona (responsável por estas alterações). Mas possuem a capacidade de evitar cada uma das complicações citadas?
Não, não possuem, pois não controlam a resistência insulínica (base fisiopatológica para a SOP).

É como se os anticoncepcionais orais agissem na ponta, não da base do problema.
O tratamento real consiste em controlar a insulina (mesmo que você ache que a mesma não está alta). Para isso, o trabalho multiprofissional com médico, nutricionista e educador físico é alcançar :
🔵 Reeducação alimentar;
🔵 Controle da insulina com drogas como a metformina ou substancias naturais como o inositol;
🔵 Exercícios físicos orientados por educador físico

🔵 Gerenciamento do estresse.

 

Referência bibliográfica:
Franks S, Mc Carthy M, Hardy K. Development of polycystic ovary syndrome: involvement of genetic and environmental factors. Int J Androl. 2006;29:278–85.

De Leo V, La Marca A. Petraglia F Insulin-lowering agents in the management of polycystic ovary syndrome. Endocr Rev. 2003;24:633–67.

Via @drsergiocabral

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